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Por Redação Wizard
03 de dezembro de 2014
HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO PARA APRENDER INGLÊS
“Muitas vezes as pessoas se deparam com barreiras e param, fazendo disso motivo para não seguirem seus caminhos até alcançarem seus objetivos”. É com essa frase que nos faz refletir que Wederson Alves Ferreira começa a contar sua história inspiradora no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 3 de dezembro.
Com deficiência visual desde seu nascimento, quando constatada a Distrofia Retiniana, que o permite ter aproximadamente 10% da visão e enxergar apenas vultos, ele se diz curioso quanto aos novos conhecimentos que o levam a aprender sempre mais.
Aos 22 anos, Wederson está no segundo livro de inglês na unidade Wizard de Carangola (MG). Com dedicação, pesquisa em casa sobre palavras e termos, e o material didático com a Wizpen é essencial para seu aprendizado. “A ferramenta me ajuda muito e, com o auxílio da minha mãe, ouço as palavras e faço as lições. Se não tivesse essa caneta, seria muito difícil pra mim”, confessa.
Para se preparar para as aulas, o aluno estuda antes o que está no material, tirando dúvidas e complementando o que conheceu em sala de aula. “Quando o professor pergunta, respondo direitinho, então sei que esse método é perfeito pra mim”, acrescenta.
Ele pretende aprender inglês até chegar à fluência, pois sua pretensão, além de fazer parte da #nacaobilingue, é usar o idioma para buscar um cão-guia nos Estados Unidos. “Um dos melhores lugares para isso é os EUA. É preciso ficar lá uns 25 dias para fazer o treinamento com os animais, então preciso é importante falar o idioma, inclusive para me inscrever na escola e dar os comandos ao cachorro, treinado em inglês”, explica.
Esse esforço se deve ao fato de o Brasil não oferecer os mesmos incentivos para que pessoas com deficiência visual obtenham o cão-guia. “O governo norte-americano apoia e doa o cão-guia, mesmo a estrangeiros. Aqui no Brasil é muito caro, um animal chega a custar 30 mil reais”, revela.
Wederson se supera também em outras áreas, já que é técnico em Informática e sabe tocar sete instrumentos musicais: violão, guitarra, baixo, teclado, cavaquinho, saxofone e bateria – este é o seu preferido, mas o que tem em casa e pratica mesmo é a guitarra. “Toco em uma banda na igreja e gosto muito. Tento me dedicar em tudo o que faço e gosto. Aprendi violão primeiro, quando um senhor se ofereceu para me ensinar gratuitamente, e depois me interessei e segui aprendendo música”, conta.
Como se não fosse sabedoria suficiente para o jovem, ele ainda treina karatê e leva a sério: é o campeão da categoria Pessoas com Deficiência do Campeonato Brasileiro de Karatê 2014. Este foi o primeiro ano a ter a categoria, e Wederson já estreou em primeiro lugar.
“A modalidade foi a de Kata, uma sequência combinada de golpes que simula uma luta. Tive que fazer 30 movimentos e voltar à posição em que estava inicialmente. Isso requer muito treino, mas venci. Os cinco árbitros ergueram a bandeira da minha vitória e chegaram a pensar que eu não tinha deficiência visual”, diz Wederson.
Ele quer continuar treinando e pretende ir longe. “Espero que o Karatê seja um esporte olímpico, o que é previsto para 2020, pois assim posso disputar os Jogos Paralímpicos”, sonha. Devido ao esporte, o próximo idioma que Wederson quer conhecer é o japonês. “Assim que tiver a oportunidade, com certeza aprenderei também essa língua”, garante.
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