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A rede de idomas Wizard by Pearson vai bancar um “seguro desemprego” para os atuais alunos que fizerem rematrícula. Caso forem demitidos durante a crise do coronavírus, terão as mensalidades cobertas integralmente por seis meses.
Segundo a empresa, ao incentivar a renovação dos contratos, a iniciativa evitará a perda de receita para os franqueados donos de lojas da marca. A medida tem potencial para atingir 100 mil das 400 mil pessoas que hoje estudam na rede. As rematrículas estão abertas e vão até agosto.
“Nossa missão como franqueadora é oferecer segurança para os nossos parceiros, pequenos empresários que têm se dedicado a manter suas escolas e os empregos de seus funcionários”, afirma Piero Franceschi, vice-presidente de Marketing, Estratégia e Inovação da Pearson para a América Latina.
O seguro cobrirá integralmente seis meses de mensalidade e valerá para trabalhadores com carteira assinada que estiverem há pelo menos um ano empregados com uma jornada mínima de 30 horas semanais. Demissões por justa causa não estão cobertas.
O benefício não terá custo para os estudantes. A fornecedora do seguro será a companhia Lives Club, representando a Mapfre Seguros. Ela será a responsável pela contratação, distribuição, cobrança, atendimento e sinistro. A corretora será a Segurize.
“Vivemos um período crítico, em que a retração econômica coloca em risco muitos empregos. Se nosso aluno for demitido, queremos garantir que ele possa continuar estudando, porque sabemos que o domínio de um segundo idioma aumenta muito suas chances de recolocação”, diz Franceschi.
A Wizard pertence à companhia de educação britânica Pearson desde 2014. Em 2016, mudou seu nome para Wizard by Pearson. A rede tem 1270 escolas e emprega cerca de 12 mil pessoas no Brasil.
‘Efeito Carlos Wizard’
Recentemente, a marca foi alvo de uma campanha virtual de boicote por conta de polêmicas envolvendo o seu fundador, Carlos Wizard Martins, que não tem ligação com a empresa desde 2014. O episódio pode ter reflexo nas rematrículas.
Carlos Wizard era conselheiro do Ministério da Saúde e havia aceitado um convite para ser secretário da pasta. Ele mudou de ideia depois da repercussão negativa de uma entrevista em que disse que o governo Jair Bolsonaro iria recalcular o número de mortos por coronavírus. O Brasil é atualmente o segundo país com mais casos da doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
“Deve ter respingado. As pessoas estão muito preocupadas com o efeito das empresas no ser humano e não sabem que o Carlos não é mais o dono. Como a marca é o sobrenome dele e ele tem uma história empreendedora muito forte, o vínculo é direto”, avalia o especialista em marketing Eduardo Tomiya.
A marca tem se esforçado para destacar que não pertence mais ao seu fundador, mas, questionada sobre o impacto das polêmicas nas rematrículas, não quis se manifestar.
Luísa Melo, Do CNN Brasil Business, em São Paulo17 de junho de 2020 às 14:37 | Atualizado 18 de junho de 2020 às 13:12
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