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6 minutos de leitura
Por Redação Wizard
16 de agosto de 2022
Tradutor automático: por que eles não são bons para aprender inglês?
O seu smartphone tem vários aplicativos e com certeza um deles é o tradutor automático, que ajuda quando você esquece uma ou outra palavra.
Só que é importante saber usar o tradutor automático e conhecer suas limitações, pois ele tem algumas pegadinhas, sabia?
Imagine que o seu colega fez uma prova de matemática e você perguntou como foi. Ele responde: the test was a piece of cake.
Segundo o tradutor, essa frase significa o seguinte: o teste foi um pedaço de bolo.
Um pedaço de bolo? Então seu amigo comeu bolo durante o teste? Não é bem por aí.
A tradução correta é que o teste foi moleza, fácil demais. O tradutor, no entanto, leva as palavras ao pé da letra, desconsiderando nuances idiomáticas como gírias.
Você já imagina o porquê de o tradutor não ser bom para aprender inglês, né? Mas continue a leitura para saber tudo em detalhes.
Antes de começar, um aviso importante: o tradutor automático tem sua importância, apenas não pode ser a única ferramenta de quem deseja aprender inglês.
Dito isso, aqui vai uma pergunta: você sabe como funciona a tradução automática?
Como o nome diz, trata-se de traduzir automaticamente o idioma de um texto, convertendo-o para outro.
O tradutor automático funciona por meio de ferramentas com redes neurais, ou seja, Machine Learning e Neural Machine Translation.
Para você entender, as redes neurais são tecnologia de ponta em automação de processos. Elas fazem com que os algoritmos tomem decisões e aprendam com os resultados provenientes delas. Achou complicado?
O algoritmo do Instagram, por exemplo, decide o alcance que cada conteúdo vai ter. Quando você posta uma foto, ela é entregue para uma parcela dos seus seguidores.
Essa parcela é escolhida pelo algoritmo, baseado no tipo de conteúdo que essas pessoas costumam consumir. Se elas gostam e interagem bastante com o seu conteúdo, o algoritmo aprende que dá certo e entrega para mais pessoas com o mesmo hábito de consumo.
A mesma situação acontece com o tradutor automático! No caso dele, o algoritmo verifica se a tradução sugerida faz sentido ou não. Os níveis de precisão são elevados, mas não são 100% confiáveis. O conhecimento linguístico dos algoritmos é limitado, pois vem da análise de dados do idioma e das traduções automáticas que já fez. Isso faz com que o nível de qualidade das traduções evolua com o tempo.
O fato é que, mesmo com os avanços tecnológicos, o tradutor automático ainda não consegue evitar a tradução palavra por palavra.
O inglês é uma língua viva que se renova constantemente. Ganha termos e expressões de tempos em tempos. Nem sempre a rede neural aprende com facilidade, então entrega traduções desconexas, descontextualizadas e ineficazes.
Mas é importante ressaltar que o tradutor automático ajuda, sim, em várias situações do dia a dia, como a pronúncia, a escrita e a tradução de determinada palavra.
Mais uma vez: só não há como aprender inglês utilizando apenas o tradutor automático.
Para entender como o tradutor automático pode apresentar falhas, vamos te propor um desafio.
Lá na cidade de Belém, no Pará, a população utiliza a palavra “égua” como interjeição. Ela substitui “poxa”, “caramba”, “uau” e “nossa” (sentido de espanto ou surpresa).
Na hora de traduzir um texto ou uma fala de um belenense que contenha a expressão “égua”, o tradutor automático não vai considerar esse tipo de aspecto cultural envolvido na comunicação.
Ele vai traduzir literalmente: mare! Aproveitando o exemplo e abrangendo os aspectos culturais da comunicação, vamos dar um pulinho na gastronomia.
Em nosso país, é comum conhecer diferentes cortes de carne, né? Um deles é o cupim, que costuma ser feito com molho de laranja.
No tradutor automático, o cupim ao molho de laranja se transforma em termite in orange sauce. Só que termite é o nome do inseto cupim.
Analisando os exemplos citados, a tradução automática falhou. Por esse motivo, ela é uma ferramenta que pode complementar os estudos, mas não substitui o curso na hora de aprender inglês.
Agora que você sabe que o tradutor automático dá uma ajudinha, mas possui falhas que o impedem de ser a única ferramenta para aprender inglês, é importante conhecer vantagens de fazer um curso neste idioma.
O primeiro ponto é a melhora cognitiva e de memória. Você adquire habilidades para compreender o mundo de maneira mais diversificada, além de desenvolver pensamento crítico e empatia.
Na escola, aprender inglês vai além de simplesmente traduzir. Você participa de modo ativo, pois recebe diferentes estímulos.
O ambiente da escola, bem como seus materiais, são essenciais para despertar o interesse pelo idioma.Uma equipe multidisciplinar faz um planejamento integrado, unindo a língua inglesa com outros elementos que facilitam a aprendizagem.
Você tem a oportunidade de conversar, debater, discutir e apresentar em inglês. Essa interação social é fundamental para se comunicar com eficiência!
Observe que, na escola, aprender inglês vai além de um momento, pois você adquire habilidades que são levadas para outras ocasiões. Melhora a leitura, a escrita, a fala e a escuta. Aprender inglês não é traduzir. Envolve pensar, entender e saber qual palavra utilizar. Boas escolhas trazem resultados impressionantes!
Bye Bye, Tradutor! Na hora de escolher a escola de inglês, observe qual a metodologia utilizada e de que forma a instituição atua no mercado. Ela possui história? Gera resultados positivos? Como é o material didático?
É fundamental que a escola tenha uma unidade perto de você, que apresente aulas no seu ritmo, para aprender no seu tempo. Além disso, precisa dar o suporte para alcançar o certificado de proficiência.
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