Modelo de Franquia: diferenças para um negócio tradicional

Quem está em busca de uma oportunidade vantajosa de diversificar seus investimentos ou quem quer trilhar o caminho do empreendedorismo certamente já deve ter pensado em apostar no modelo de franquia.

Em um mercado cada vez mais volátil e competitivo, o setor de franquias permanece estável e oferece boas oportunidades para novos entrantes.

Então, se você está em dúvida sobre investir em um negócio tradicional ou em uma franquia, confira as dicas que preparamos a seguir e compreenda mais sobre os diferenciais desse modelo de negócio já testado e aprovado.

O que caracteriza o modelo de franquia?

Para compreender o que caracteriza o modelo de franquia, é importante conhecer seus dois atores principais: o franqueado e o franqueador. 

O franqueador é a pessoa jurídica detentora de uma marca, que desenvolveu e testou seu modelo de negócio e que busca expandir o negócio por meio da concessão do direito de uso dessa marca e desse modelo de negócio – essa concessão é feita para o franqueado.

O franqueado é um investidor que adquire o direito de reproduzir a fórmula de sucesso do negócio do franqueador, recebendo orientações, transferência de know-how, entre outras contrapartidas que otimizam seu investimento.

Quais as principais diferenças do modelo de franquia para o modelo de negócio tradicional?

Se em um primeiro momento os modelos podem parecer semelhantes, saiba que eles apresentam várias diferenças. A seguir, descubra mais sobre como o modelo de franquia se distingue do modelo de negócio convencional:

1. Há uma lei que regulamenta as franquias

No Brasil, o modelo de franquia é regulamentado pela Lei de Franquias (nº 8.955/94). O Artigo 2º da legislação define:

“O sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício”.

Em termos práticos, optar por um modelo de negócio que torna claros os direitos e deveres de ambas as partes torna o modelo de franquia mais transparente e confiável para os investidores.

2. Riscos reduzidos

As franquias são caracterizadas pela padronização e reprodução de um modelo de negócio testado e que sabe-se que, seguindo-se as orientações, irá gerar resultados e lucratividade.

Assim, empreender com uma franquia envolve menos riscos potenciais do que iniciar um negócio próprio do zero. 

3. Marca consolidada e com credibilidade

Nos negócios tradicionais, pode levar meses ou até anos para criar, registrar, consolidar e gerar valor para uma marca. Quando se opta pela franquia, todo esse caminho já foi percorrido pelo franqueador.

Assim, o investidor já começa a trabalhar desde o primeiro momento com uma marca pronta, sólida e de credibilidade no mercado.

4. Prontidão para captar clientes

Quando você abre um negócio do zero, é preciso investir grandes esforços para conquistar clientes e ganhar a sua confiança. Ao optar por um modelo de franquia, a marca já transmite esses atributos ao franqueado, que acaba tendo mais facilidade em atrair clientes para seu novo empreendimento. 

Além disso, as franqueadoras de sucesso realizam constantemente ações estratégicas de divulgação, branding, campanhas nacionais e locais de reforço de marca, relacionamento e captação, o que impacta diretamente em uma procura constante da marca por novos clientes.

5. Confiabilidade na parceria com fornecedores

Nos negócios tradicionais, procurar, selecionar, contratar e gerenciar fornecedores pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça para o investidor.

Infelizmente, há aqueles que acabam não cumprindo prazos, não atendendo aos requisitos de qualidade ou, mesmo, que mostram-se inacessíveis para contatos emergenciais e negociações.

No modelo de franquia, tudo isso é minimizado, já que os fornecedores que atuam no setor de franchising são homologados, garantindo mais qualidade e confiabilidade nos produtos e serviços oferecidos pelas franquias.

Além disso, os franqueados também conseguem mais vantagens no momento da negociação dado o volume de pedidos de uma marca forte franqueadora.

6. Suporte operacional e estratégico

A franqueadora garante ao franqueado todo o suporte referente a questões burocráticas em rotinas jurídicas, tributárias, contabilidade e outras. Além disso, o auxilia em assuntos estratégicos, como a escolha de seu ponto comercial.

Toda essa transferência de know-how e suporte tornam-se diferenciais para que o investidor desenvolva rapidamente uma empresa de sucesso diante de um mercado cada vez mais competitivo.

7. Escalabilidade do modelo de franquia

Em negócios tradicionais, iniciados do zero, é comum levar-se anos para desenvolver uma receita de sucesso escalável e uma estabilidade financeira que sejam suficientes para expandir as operações do investidor sob baixo risco.

Já no modelo de franquia, desde o primeiro momento o investidor tem em mãos um negócio mais amadurecido. Optando por um setor aquecido, como o de franquias de educação, e seguindo as padronizações e orientações, rapidamente a primeira unidade poderá se tornar custo-eficiente e alcançar o ROI (retorno sobre o investimento) esperado.

Por isso, torna-se comum que nessas franquias o empreendedor assuma uma segunda franquia ou, até mesmo, mais unidades. 

Conclusão

Quer saber mais sobre o modelo de franquia? Então, confira o conteúdo que preparamos sobre as vantagens e desvantagens de empreender com franquias.

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